Thursday, November 29, 2012

Na Contramão da História





Excelente artigo - "Até quando vamos ficar na contramão?" - publicado por Adriano Pires, Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) no Brasil Econômico, dia 29 de Novembro de 2012.

Comecei minha carreira na indústria do petróleo em 1980, na Petrobras; tive o privilegio de ser um dos precursores da indústria offshore no Brasil e da chamada tecnologia de ponta de “aguas profundas”.  Imigrei para os EUA há mais de 20 anos, mas sempre me mantive atualizado sobre a indústria Brasileira e, inclusive, estive a trabalho no Brasil para algumas das IOCs (International Oil Companies) inúmeras vezes ao longo desses anos.

Nos anos de 2005/06, em particular, estive no Brasil pela Kerr-McGee/Anadarko para o desenvolvimento do campo de Peregrino, juntamente com a Statoil.  Nessa época era visível o desenvolvimento  ocorrido na indústria de petróleo no Brasil desde a criação da Lei do Petróleo em 98.  A pujança e sinergia da indústria eram notáveis.  Praticamente todas as grandes empresas de serviço internacionais estavam presentes no país, sobretudo em Macaé. Organizações de classe, como a ONIP, por exemplo, e o IBP, haviam implementado programas sérios e exemplares de treinamento e capacitação da indústria nacional para atender a demanda crescente das empresas estrangeiras que corriam em massa para o Brasil. Eu particularmente tive o privilegio de participar diretamente de alguns desses programas. O ambiente na indústria era positivo, empreendedor e cooperativo, mesmo entre as ditas operadoras estrangeiras.  Em termos de dinamismo, trabalhar na indústria do petróleo no Brasil, nessa época, era como estar em Houston, nos EUA; em Aberdeen, na Escócia; ou em Stavanger, na Noruega.

A finais de 2007, 443,840Km2 de áreas exploratórias haviam sido concedidas a 141 operadoras, gerando uma receita direta para o pais de R$3.84 bilhões somente em bônus pagos a ANP, sem contar os investimento milionários feito por essas empresas na exploração e desenvolvimentos dessas áreas, e a enorme quantidade de empregos diretos e indiretos criados em suporte dessa atividade. A produção de petróleo do país passou de 307.000bpd em finais de 1997, pouco antes da criação da Lei do Petróleo,  para 660.000bpd em 2009. O sucesso do processo licitatório brasileiro estava devidamente atestado.

Infelizmente, com diz a cultura popular, “não tem mal que dure para sempre nem bem que nunca se acabe”. Com a suspenção da oitava rodada de licitações pela ANP e posterior confisco pelo governo Brasileiro dos blocos legalmente obtidos pelas operadoras estrangeiras, esse dinamismo cessou. Pior ainda, as mudanças grotescas e mal enjambradas feitas pelo governo Lula na Lei do Petróleo no final do seu governo; e todo o processo casuístico, arbitrário e flagrantemente inconstitucional engendrado pelo governo para a dita “capitalização” da Petrobras, transformaram um ambiente até então progressista e empreendedor em um ambiente de instabilidade jurídica e institucional a exemplo do que já vinha acontecendo na Venezuela de Chaves, na Bolívia de Morales, no Equador de Correa e na Argentina dos Kirchner.

Hoje, com o clima de incertezas que paira sobre a indústria do petróleo no Brasil, e depois de cinco longos anos sem a realização de uma rodada licitatória, a atenção das empresas estrangeiras se tem voltado a outros países, sobretudo na África, Ásia e até mesmo na América do Norte. Em estudo publicado em 12 de Novembro de 2012 intitulado  “North America Leads Shift in Global Energy Balancee que mereceu atenção da agencia de noticias Reuters, de Londres, a International Energy Agency (IEA) conclui que, depois do acidente com o poço da BP no Golfo do México, em 2010, a indústria de petróleo americana voltou a crescer a passos largos a ponto de que os Estados Unidos devam ultrapassar a Arábia Saudita como o maior produtor de petróleo do mundo antes mesmo de 2020. Interessante notar que, em Agosto deste ano, o “Bureau of Energy Management” dos Estados Unidos, publicou um calendário antecipando os períodos previstos para a realização das  próximas 15 rodadas licitatórias de blocos exploratórios, somente no Golfo do México, e somente entre os anos de 2012 e 2017. Uma média de três rodadas licitatórias por ano, enquanto no Brasil não se realiza uma desde 2008.  Por aí, quem sabe, se possa avaliar os efeitos de uma política bem estruturada e progressista, como a dos Estados Unidos, em comparação com uma retrógrada e arbitraria, como a que se tem observado no Brasil nesses utlimos anos de governo Lula e Dilma.

Wednesday, November 7, 2012

How This Happened





Got this very cool message yesterday shortly before Romney conceded Barack Obama's victory


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Luis,

I'm about to go speak to the crowd here in Chicago, but I wanted to thank you first.

I want you to know that this wasn't fate, and it wasn't an accident. You made this happen.

You organized yourselves block by block. You took ownership of this campaign five and ten dollars at a time. And when it wasn't easy, you pressed forward.

I will spend the rest of my presidency honoring your support, and doing what I can to finish what we started.

But I want you to take real pride, as I do, in how we got the chance in the first place.

Today is the clearest proof yet that, against the odds, ordinary Americans can overcome powerful interests.

There's a lot more work to do.

But for right now: Thank you.

Barack